Professores criticam falta de coragem do presidente Lula para revogar a lei do “novo ensino médio” durante ato no IFPB, Campus Patos

Em 2017, por meio da Medida Provisória 746, que depois foi convertida na Lei 13.415/2017, o então presidente Michel Temer criou o “novo ensino médio”. Desde o início, a lei […]



Em 2017, por meio da Medida Provisória 746, que depois foi convertida na Lei 13.415/2017, o então presidente Michel Temer criou o “novo ensino médio”. Desde o início, a lei foi duramente criticada por setores ligados à educação, estudiosos do tema e a própria sociedade civil organizada. Sem discussão e impondo mudanças profundas, o “novo ensino médio” entrou em vigor e foi aprofundada ainda mais durante o Governo Bolsonaro.

Nesta quinta-feira, dia 22 de fevereiro, foi realizado o Dia Nacional de Luta pela Educação! Em Patos, a comunidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, Campus Patos (IFPB/Patos), se reuniu para discutir melhorias para a educação e avaliar o “novo ensino médio”. A ação foi convocada pelas entidades sindicais representativas dos servidores dos IFs.

As entidades lutam por concurso público para preenchimento de vagas nos IFs, reajuste salarial, melhores condições de trabalho e revogação do novo ensino médio, criado de forma impositiva durante o governo do presidente Temer e Bolsonaro.

A professora Janaina Ribeiro, do IFPB/Patos, disse em entrevista concedida à jornalista Wânia Nóbrega que o IFPB tem autonomia diante de leis próprias dos Institutos Federais, porém, se faz necessário uma discussão mais ampla pelo compromisso da educação como um todo. Para Janaína, a Lei que criou novo ensino médio não respeitou a sociedade ao ser feita e aprovada sem uma discussão e que precariza mais ainda a educação para os filhos da classe trabalhadora brasileira. A professora disse que esperava que o Governo Lula revogasse a Lei, porém, isso não aconteceu. 

Após a criação do “novo ensino médio”, as mudanças causaram diversos entraves em decorrência da falta de estrutura nas escolas para se adequar ao aumento da carga horária, itinerários formativos confusos, fim dos turnos noturnos para estudantes que estão no mercado de trabalho durante o dia, recursos insuficientes para atender a demanda de infraestrutura, contratações precárias de profissionais para dar aula sem formação, dentre outros problemas.

OUÇA entrevista com as professoras Janaina Ribeiro e Hanna Lacerda:

Jozivan Antero – Polêmica Patos

Áudios de Wânia Nóbrega – Rádio Espinharas