Filarmônica 26 de Julho completa 92 anos de fundação na cidade de Patos

Patrimônio cultural e imaterial da Paraíba! Fundada em 1931, a Filarmônica 26 de Julho está completando 92 anos de criação nesta quarta-feira, dia 26 de Julho de 2023. A Filarmônica […]



Filarmônica 26 de Julho
Filarmônica 26 de Julho

Patrimônio cultural e imaterial da Paraíba!

Fundada em 1931, a Filarmônica 26 de Julho está completando 92 anos de criação nesta quarta-feira, dia 26 de Julho de 2023.

A Filarmônica é um dos mais importantes equipamentos musicais do município, estando presente em momentos importantes em nossa cidade, sendo eles sociais, políticos, culturais ou religiosos.

Com diversas formações ao longo das décadas, a Filarmônica continua fazendo história dentro da cidade, entoando suas músicas em praças públicas, grandes eventos, e nas principais ruas, com a tradicional Alvorada, que aconteceu esta manhã, iniciando o dia de comemoração.

A programação de aniversário continua durante o dia, com o lançamento da plaqueta “A História da Filarmônica Municipal 26 de Julho”, escrita por Romildo de Sousa, e na sexta-feira, dia 28 de julho,  será realizada uma retreta na praça Getúlio Vargas, no Centro de Patos.

ASCOM PMP

O jornalista Misael Nóbrega escreveu uma crônica para homenagear a Filarmônica:

A BANDA DE MÚSICA

Todo amanhecer é Divino. Porém, aquele em especial, encheu-me de esperança. Era outubro de 2003. Ao abrir a janela de minh’alma, fui agraciado com uma formosura análoga. A banda… Passava em minha rua, “cantando coisas de amor”. 

Por instantes, lembrei dos soldadinhos da minha infância, à rua capitão Ló… – Será que fugiram da caixa de sapatos, onde repousavam eternos, para marchar em pleno arrebol? 

A cadência melódica era ditada pelo maestro, que destacado dos demais, abanava a sua batuta para extrair os mais perfeitos acordes. Logo atrás, carregando os instrumentos de fabricar sonhos, vinham os músicos… – Enfileirados, de forma igual. A pancada mais forte no bombo marcava os passos (direita, esquerda; direita, esquerda). 

A cidade que me viu nascer tem uma filarmônica, testemunha de muitas narrativas e guardiã de nossos segredos mais íntimos – A qual batizaram de 26 de julho. Quantas histórias não existem ali, passadas de gerações em gerações.

Vejo rostos jovens, como uma poesia que se renova, a manejar trompas e trombones – E procurei por: Afonso “bacalhau”, Assis “casca de bala”, Valdemar “do pandeiro”, Edson “maestro” Morais, Hermes Brandão, “Valdim” de Misael – Que viveram e morreram na banda de música… E hoje são personagens memoráveis desse folclórico conjunto de partituras.

Devemos admitir: o novo sempre vem.

Em cada dobrado, a devoção à uma cidade… – Por respeito e admiração, recíprocos. Quem dera, este concerto acontecesse, todas às vezes, em que pensamos em morrer. 

Ao ouvir a celebração da existência, não teríamos razões para desistir… Agradeci, interiormente, àqueles destemidos encantadores de auroras, pois meu coração necessitava daquele regozijo. Lá, rá, lá… Solfejei. 

Revigorado, os vi dobrarem a esquina, em busca de outra alma infausta. – Que venha novembro!

Misael Nóbrega de Sousa