Tarrafa: a arte artesanal secular é mantida por mototaxista no centro da cidade de Patos

Entre uma corrida e outra, o mototaxista José Aécio Batista de Morais, de 53 anos, vai tecendo os pontos firmes e com muita habilidade para a fabricação artesanal da tarrafa. […]



Entre uma corrida e outra, o mototaxista José Aécio Batista de Morais, de 53 anos, vai tecendo os pontos firmes e com muita habilidade para a fabricação artesanal da tarrafa. O mototaxista trabalha na praça da Avenida Epitácio Pessoa, próximo da Prefeitura Municipal de Patos, no centro, e fabrica de forma artesanal a tarrafa usando o apoio e a sombra de uma árvore no canteiro central.

José Aécio aprendeu a arte da fabricação da tarrafa aos 15 anos de idade com o amigo pescador Zezito, de 70 anos, que reside no Bairro Alto da Tubiba, em Patos. O mototaxista disse que Zezito se tornou um grande amigo e que vez por outra faz pesca ao seu lado.

Ser tarrafeiro exige paciência. José Aécio fabrica uma tarrafa por mês e a venda varia em torno de R$ 300,00. O mototaxista desenvolveu aperfeiçoamento da arte secular e usa linhas de espessuras gradativas que deixam a tarrafa mais resistente e mais leve.

Para Aécio, a fabricação de tarrafas é uma forma de complementar a renda familiar, pois ele sobrevive da profissão de mototaxista. Muitos que trafegam na agitada Avenida Epitácio Pessoa quase não percebem, mas o mototaxista mantém uma arte secular que surgiu, de acordo com estudos, no século 4 d.C.

Desde 2016, quando começou a profissão de mototaxista, José Aécio fabrica as tarrafas no centro de Patos. Casado há 29 anos e pai de três filhos, o mototaxista disse que já vendeu tarrafas para dezenas de pessoas pela Paraíba.


Jozivan Antero – Polêmica Patos