Em alusão ao Dia Internacional da Mulher, a problemática da pobreza menstrual é debatida com jovens da Escola Coriolano de Medeiros, em Patos

Em alusão às atividades comemorativas ao Dia Internacional da Mulher, o Movimento de Mulheres Olga Benário promoveu na tarde desta sexta-feira, dia 10 de março, uma palestra interativa com jovens […]



Em alusão às atividades comemorativas ao Dia Internacional da Mulher, o Movimento de Mulheres Olga Benário promoveu na tarde desta sexta-feira, dia 10 de março, uma palestra interativa com jovens estudantes da Escola Estadual Coriolano de Medeiros, em Patos.

A atividade teve como objetivo discutir sobre a pobreza menstrual. O evento contou com a participação de jovens do ensino médio e teve o apoio de professores da própria escola, além de ter a presença de Samara Oliveira, que é a presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de Patos. A facilitadora foi a professora Gerlúzia Vieira.

Gerlúzia comentou que as estudantes participaram muito bem da discussão e tiraram dúvidas sobre a questão da pobreza menstrual. Ao final da atividade houve distribuição de kits de higiene.

O termo pobreza menstrual surgiu na França e define a falta de acesso das pessoas que menstruam aos itens básicos de higiene, à informação e ao apoio durante o seu período menstrual, bem como ao acesso a redes de saneamento (água e esgoto, principalmente) e falta de informações a respeito da menstruação e do ciclo menstrual.

A pobreza menstrual é uma das causadoras da evasão escolar de jovens na faixa etária dos 13 aos 19 anos, pois estas são as mais atingidas pela pobreza menstrual. A ONU descreve a pobreza menstrual como um problema de saúde pública e de direitos humanos.

Diante da luta das mulheres, vários governantes já abraçaram a causa e estão disponibilizando, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), itens de higiene íntima. O presidente Lula assinou, no dia 8 de março, a regulamentação da lei que garante a distribuição gratuita de absorventes. O Governador da Paraíba, João Azevedo, também está criando medidas para fazer a entrega de absorventes para mulheres no Estado.

“A pobreza menstrual é uma questão que precisa ser discutida e resolvida. Temos que quebrar tabus e falar sobre essas questões que afetam milhões de mulheres que não tem recursos para comprar absorventes e vivem em situação de miséria. Temos que lutar pela emancipação das mulheres em todos os sentidos”, destacou Gerlúzia.


Jozivan Antero – Polêmica Patos