O vaqueiro Francinaldo Alves Cavalcante, de 58 anos, residente no Distrito de Santa Gertrudes, Município de Patos, foi a óbito na manhã desta terça-feira, dia 20, por volta das 05h00, enquanto estava internado na Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), em Campina Grande, Paraíba.
Francinaldo foi sepultado na manhã desta quarta-feira, dia 21, no Cemitério de Santa Gertrudes. Ele era solteiro e estava sendo cuidado pela sobrinha Francinete Alves e por uma irmã, mas tudo com muitas limitações em decorrência do avanço rápido da doença que o impedia até de se alimentar adequadamente.
Há oito meses, Francinaldo foi diagnosticado com câncer de garganta e começou uma batalha inglória e angustiante para se tratar, porém, diante da falta de recursos, assistência social limitada e demora na realização de cirurgias, o câncer o maltratou até tirar sua vida.
Durante vários anos, Francinaldo trabalhou para vários fazendeiros, proprietários de granjas e criadores de gado. Alguns destes ajudaram em questões pontuais, porém, a violência do câncer precisava de medidas mais enérgicas que, de acordo com familiares, não aconteciam a tempo.
A história de Francinaldo Alves Cavalcante lembra a imortal canção A Morte do Vaqueiro, de Luiz Gonzaga, que diz: “Numa tarde bem tristonha/Gado muge sem parar/Lamentando seu vaqueiro/Que não vem mais aboiar/Não vem mais aboiar…Bom vaqueiro nordestino/Morre sem deixar tostão/O seu nome é esquecido/Nas quebradas do sertão…”
Jozivan Antero – Polêmica Patos