A questão da pobreza menstrual está em discussão por todo o Brasil. A crise social afeta as famílias pobres em vários aspectos e mais ainda as mulheres, pois milhões são provedoras da casa em busca de alimentação e nem sempre sobra recursos para higiene íntima, tão necessária para a saúde.
O Movimento de Mulheres Olga Benário, organização presente em vários estados e municípios do Brasil, está em discussão permanente com outros movimentos para discutir e buscar soluções para a pobreza menstrual. Desde que o presidente Bolsonaro (PL) vetou trechos do Projeto de Lei 4.968/2019, que cria o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, a luta se intensificou ainda mais. O texto prevê ações para o combate à precariedade menstrual, porém, a distribuição gratuita de absorventes femininos foi vetada.
Na noite desta quinta-feira, dia 20, o Movimento de Mulheres Olga Benário promoveu uma ação prática na comunidade do Bairro Jatobá, em Patos. Dezenas de mulheres carentes receberam um kit de higiene íntima contendo desodorante, calcinha, absorvente, batom, dentre outros. Os produtos foram adquiridos através de campanha entre apoiadores e amigos das mulheres do Olga Benário.
A atividade aconteceu com o apoio da Associação dos Moradores do Bairro Jatobá e Adjacências, que também completou 9 anos de existência e comemorou com associados e convidados. Representantes da Secretaria de Saúde do Município de Patos também deram apoio ao evento que está dentro das ações do Outubro Rosa.
As mulheres do Olga Benário falaram com os presentes sobre o que significa pobreza menstrual, as consequências nocivas para as mulheres e as formas de combate. O veto de Bolsonaro à lei foi bastante criticado e demonstrou a falta de compromisso do presidente com o problema real na sociedade.
Aproveitando a presença do vice-prefeito de Patos, professor Jacob Souto, Aline Ana, do Olga Benário, entregou ao representante da gestão municipal um modelo de um projeto de combate a pobreza menstrual para que seja apreciado e levado para votação pelo poder executivo na Câmara Municipal de Patos. Jacob Souto disse que iria apreciar e encaminhar ao prefeito de Patos.
A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Patos, Samara Oliveira, também se fez presente e afirmou a necessidade de uma discussão mais ampla sobre a pobreza menstrual. “A pobreza afeta as famílias em todos os sentidos, mas as mulheres mais ainda. Nossa luta é para combater a desigualdade social e construir uma sociedade justa”, destacou Samara.
Jozivan Antero – Polêmica Patos
Tags: #movimentodemulheresolgabenario • #olgabenario • #pobreza • #pobrezamenstrual