A Moises, plataforma brasileira de música dotada de inteligência artificial, anunciou captação de US$ 8,6 milhões (algo em torno de R$ 44 milhões). A rodada foi liderada pela Monashees, fundo dedicado a startups de tecnologia da América Latina, e pelo Kickstart Fund, fundo do estado de Utah, nos Estados Unidos.
O que faz a Moises
Criada em 2019, a Moises funciona como um aplicativo de música, aos moldes do Spotify, mas com uma camada tecnológica voltada para músicos profissionais. Na prática, a plataforma permite que sons instrumentais ou vocais sejam isolados ou eliminados, facilitando a compreensão de notas e acordes por músicos, compositores e instrumentistas interessados em tomar inspiração para criações próprias.
Além de isolar sons de um instrumento ou outro, a Moises também permite que os usuários o façam com diferentes partes de uma música, e também reconheçam acordes, transcrevam letras e detectam batidas.
A ideia do negócio é do pernambucano Geraldo Ramos, baterista e hoje fundador e CEO da Moises. Ao lado dele estão Eddie Hsu e Jardson Almeida, sócios da empresa.
Recentemente, o app, que está registrado em 33 idiomas, alcançou o primeiro lugar na App Store dos Estados Unidos e atingiu a marca de 20 milhões de downloads globalmente.
“Nossa missão é alavancar a tecnologia para capacitar as pessoas a atingir todo o seu potencial criativo”, diz o fundador.
A captação da Moises
Além de Monashees e Kickstart Fund, também participam da rodada:
- Norwest;
- Toba Capital;
- Alumni Ventures;
- Goodwater;
- Valutia.
Com o aporte, a startup pretende lançar mão de novos produtos, também ligados à inteligência artificial, além da adição de novos algortimos que facilitem o uso dos novos recursos. “Embora Moises seja conhecido principalmente por seu conjunto de ferramentas para músicos, nosso escopo é muito maior. “Pretendemos liderar uma nova geração de tecnologias de IA e nos tornarmos um provedor de serviços para o setor”, diz Ramos.
Para o futuro, a Moises mira parcerias com empresas do setor da música, como gravadoras e editoras, para tornar-se um provedor de tecnologia para a indústria. “Pretendemos ajudar a indústria da música a avançar, agregando novo valor para todo o ecossistema, incluindo gravadoras, editoras, distribuidores e, o mais importante, para os músicos”, conclui.
Exame